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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Artigos sobre Literatura: Realismo


REALISMO


     O Realismo foi um movimento artístico surgido nas últimas décadas do século XIX, na Europa. No âmbito literário mais especificamente, este movimento teve início na França, com a publicação da obra "Madame Bovary", de Gustave Flaubert. No Brasil, o maior expoente dessa escola foi o escritor Machado de Assis, com a publicação de 3 principais livros: Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba. 

Algumas informações relevantes sobre a escola literária do Realismo

1.     Perspectiva histórica do surgimento do Realismo:
1.1.         Mudanças sociais e econômicas do século XIX
a)     o advento da Revolução Industrial;
b)    o avanço tecnológico;
c)     os problemas sociais (exploração dos trabalhadores, péssimas condições de vida etc);
d)    a expansão do capitalismo.

1.2.         Origem do Realismo enquanto escola literária: ocorreu na França, com a  publicação da obra “Madame Bovary” de Gustave Flaubert

1.3.         Influências científicas no pensamento realista:
a)     o Positivismo, de Auguste Comte;
b)    o Evolucionismo, de Charles Darwin;
c)     o Determinismo, de Hypolyte Taine.

2.     Principais características do Realismo:
a)     objetividade;
b)    imparcialidade;
c)     crítica social;
d)    análise psicológica;
e)     predomínio da denotação;
f)      narrativa lenta;
g)     preocupação formal (uso correto da língua);
h)    personagens esféricas.

3.     O Realismo no Brasil
3.1.         Início: ocorreu em 1881, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis
3.2.         Principal expoente: Machado de Assis  (1839-1908) 

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Este artigo é apenas uma síntese, com noções gerais sobre o tema. Leia mais sobre  o Realismo:

Vídeos sobre o tema:

sábado, 7 de abril de 2012

SE VOCÊ ENCONTRASSE MACHADO DE ASSIS...


  


SE VOCÊ ENCONTRASSE MACHADO DE ASSIS...

           Pequeno artigo reflexivo


      Se você encontrasse Machado de Assis, perguntaria como escrever romances, como delinear pessoas abstratas e complexas, ou faria apenas uma simples homenagem como esta ? Se eu tivesse a possibilidade transcender o tempo, gostaria de, talvez, conversar com Machado de Assis e perquirir como ele conseguiu impregnar nas letras os vestígios tão profundos da essência humana. Sim, os personagens dos livros são seres da abstração que refletem nossa alma, além de nossas visões e perspectivas mais íntimas. São, ainda, seres que a imaginação delineia nos moldes dos sentimentos, sob infinitos ângulos e formas.


          E nesta arte, Machado de Assis foi impecável, como outros grandes escritores: a arte de edificar personalidades. Veja como os "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" da Capitu marcam  a trama de "Dom Casmurro", conferindo-lhe um tom enigmático. Ainda veja como a célebre frase "ao vencedor as batatas", presente na obra "Quincas Borba", propicia uma feição irônica e, ao mesmo tempo, fortemente humana, a um dos personagens mais curiosos da literatura machadiana, o filósofo do humanitismo. E o que dizer de Brás Cubas ? Muito intenso, em sua célebre frase: "não me casei, não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria". Forte trecho literário, impregnado de uma perplexidade humana que enseja reflexões infinitas, como vários dos personagens de Machado de Assis. 


      Foi por essa genialidade que  a escrita machadiana conseguiu transcender o tempo e se solidificar na literatura brasileira, de forma indelével. O que torna uma obra imortal, enfim, é o que ela nos transmite em termos humanos, propiciando reflexões infinitas sobre a vida, o mundo e o modo como interagimos em sociedade.




Leia mais sobre as obras e a biografia de Machado de Assis nos sites:






Seguem alguns vídeos interessantes sobre Machado de Assis:






quarta-feira, 4 de abril de 2012

Rápidas Reflexões sobre o livro "O Processo" de Franz Kafka


 
BREVE ARTIGO SOBRE "O PROCESSO",  

livro DE FRANZ KAFKA

                                 

               Em uma manhã aparentemente corriqueira , Josef K., um jovem procurador de banco, foi surpreendido em sua residência por dois guardas que vieram comunicar-lhe a respeito de um processo que estava sendo movido contra ele. Pensando se tratar de uma brincadeira, Josef K. inicialmente não levou os guardas a sério. Como desconhecia o motivo pelo qual estava sendo processado, K. supôs que tal situação não passasse de uma mera artimanha tramada por seus colegas de banco, a fim de surpreendê-lo. Posteriormente, K. teve encontro com um inspetor que lhe certificou acerca de sua detenção; sem, contudo, esclarecer as razões que norteavam o processo. No dia em que completara 31 anos, Josef K. foi morto à porta de sua casa, desconhecendo completamente os motivos pelos quais havia sido processado durante um ano. 


                 Esse romance de Franz Kafka constitui uma grande crítica metafórica a todos os mecanismos jurídicos que, de fato, demonstram aspectos obscuros e incompreensíveis à maioria da população. É claro que “O processo” de Kafka, certamente instigador como a obra “Metamorfose”, suscita complexos debates acerca das metáforas contidas na história, denotando todas uma certa perplexidade humana. Em rápida abordagem deve-se vislumbrar que Josef K. é um personagem tão verossímil quanto o problema por ele enfrentado diante de labirintos jurídicos e sociais, constantemente vagos ou obscuros. 

                Ainda hoje, quantos "Josefs k". existirão, andando feito fantoches sob as incertezas da justiça humana ? Certamente, essa obra de Kafka ainda rendará muitas divagações sobre nossa vulnerabilidade diante dos atos jurídicos do Estado, que freqüentemente afronta seus cidadãos.

                    Seguem alguns pequenos vídeos sobre a obra "O Processo":






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Veja mais sobre o livro:

domingo, 1 de abril de 2012

Artigo para reflexão



QUAL SERÁ O MODO "CERTO" DE ESCREVER ?
por Juliana S. Valis


     Umas breves reflexões sobre tantos manuais de redação e de escrita criativa me levaram a redigir este pequeno texto, apenas como exercício de observação. De fato, existem grandes e intermináveis discussões sobre o que seria a tal "objetividade", coesão e coerência na arte de escrever, em outras especificações técnicas. Entretanto, quem estabeleceria com exatidão e clareza todos os termos precisos de uma "boa" obra literária ? 

     Antes de tudo, é engraçado como temos sempre a tendência de achar que estamos certos em qualquer coisa, como se o nosso ponto de vista, sobre qualquer tema, fosse o "mais correto" ou o "mais válido". Entretanto, é sempre bom entender que o nosso ponto de vista, principalmente sobre questões relativas a textos como alto grau de subjetividade, é apenas UMA FORMA de interpretação, e não a melhor, ou a pior, ou a única impressão válida. 

     Por isso, acredito que simplesmente não existe apenas um modo "certo" de escrever ou de se expressar artisticamente (ou, talvez, tecnicamente), pois o que consideramos "certo" é apenas um reflexo da nossa subjetividade, inerente ao que sentimos, sem qualquer relação com algo "exato", "estanque" ou pretensamente "universal". Na arte literária, como na vida, não existe "absolutismo". Ninguém tem o direito de rotular ninguém, do que quer que seja. 

    Assim, ressalto o direito que temos em nos expressar, sem desrespeito, sob infinitas formas e sobre infinitos temas. Às vezes escrevemos de modo crítico, outras vezes, de modo despreocupado, ou de modo sarcástico, ou irônico, vago ou concreto, e nada disso está errado ou certo, ou absolutamente inquestionável. 

    Em síntese, a grande "graça" de escrever está nos infinitos modos e possibilidades de expressão. Quem tem a pretensão (inócua) de estabelecer temas e métodos unicamente "válidos" e "agradáveis" acaba restringindo a própria criatividade humana, por si só, ilimitada. 

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sábado, 31 de março de 2012

Cinema e Literatura: Escritores da Liberdade


                                   







  "ESCRITORES DA LIBERDADE": 
pequena resenha sobre o filme 



           O filme "Escritores da Liberdade" (Freedom Writers, EUA, 2007) aborda, de uma forma comovente e instigante, o desafio da educação em um contexto social problemático e violento. Tal filme se inicia com uma jovem professora, Erin (interpretada por Hilary Swank), que entra como novata em uma instituição de "ensino médio", a fim de lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes considerados "turbulentos", inclusive envolvidos com gangues.


          Ao perceber os grandes problemas enfrentados por tais estudantes, a professora Erin resolve adotar novos métodos de ensino, ainda que sem a concordância da diretora do colégio. Para isso, a educadora entregou aos seus alunos um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares. Ademais, a professora indicou a leitura de diferentes obras sobre episódios cruciais da humanidade, como o célebre livro "O Diário de Anne Frank", com o objetivo de que os alunos percebessem a necessidade de tolerância mútua, sem a qual muitas barbáries ocorreram e ainda podem se perpetrar.



        Com o passar do tempo, os alunos vão se engajando em seus escritos nos diários e, trocando experiências de vida, passam a conviver de forma mais tolerante, superando entraves em suas próprias rotinas. Assim, eles reuniram seus diários em um livro, que foi publicado nos Estados Unidos em 1999, após uma série de dificuldades. É claro que projetos inovadores como esse, em se tratando de estabelecimentos de ensino com poucos recursos, enfrentam diversos obstáculos, desde a burocracia até a resistência aos novos paradigmas pedagógicos. Em países como o  Brasil, então, as dificuldades são imensas, mas superáveis, se houver engajamento e esforços próprios.


       Nesse sentido, o filme "Escritores da Liberdade" merece ser visto com apreço, sobretudo pela sua ênfase no papel da educação como mecanismo de transformações individuais e comunitárias. Com essas considerações, vê-se que a educação tem um papel indispensável no implemento de novas realidades sociais, a partir da conscientização de cada ser humano como artífice de possíveis avanços em sua própria vida e, principalmente, em sua comunidade. 


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Segue o trailer do filme:



Artigo publicado por Juliana S. Valis, escrito também no link:
http://www.recantodasletras.com.br/escrivaninha/publicacoes/editor.php?acao=ler&idt=641978&rasc=0